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sandoz Não podíamos sair do Vietnam sem passarmos pelo Mekong, nem podíamos ir mais fundo no Vietnam para entramos no Camboja. Só faltavam dois dias para o Natal e há muito que tínhamos metido na cabeça que o passaríamos em Ha Tien. Dois dias de passo acelerado numa travessia pelo Mekong.
às cinco da manhã em Can Tho já se ligam as luzes, dispõem-se os banquinhos no passeio e acendem-se as brasas para a primeira refeição do dia – phò. Nós, atirámos as mochilas para o chão e sentámo-nos com eles, meia dúzia de gatos pingados à volta de uma mesa a tentar uma conversa com um dicionário de poucas palavras e a bebericar o melhor café vietnamita de sempre, bem arábico, bem suave, com duas colheradas de leite condensado lá para o final.
às seis da manhã em Can Tho, o sol começa a levantar-se e fazem-se horas do floating market. Aqui no Mekong Delta a força está nos barcos que o atravessam, nas centenas de pequenas embarcações que fazem o mercado flutuante. Barcos de convés apinhados de melancias, de abóboras, de ananases. Barquinhos de remos a vender o phò, a noodle soup, frutas descascadas. Barcos casa, barcos mercearia, barcos frutaria, barcos café, barcos de turistas, mais barcos. Do nosso, ficámos tão entusiasmados com o mercado que quisemos ir ao seguinte. Não sabíamos era que este segundo floating market ficava a duas horas de Mekong. Ao final da primeira hora desesperávamos. Entrincheirados no Mekong, com vontade de ir à casa de banho, com o sol a bater-nos na cabeça, sem posição depois de três horas sentadas em traves de madeira. A alegria de chegar ao segundo mercado começava a esbater-se à medida que íamos percebendo o caminho de volta, chegámos a equacionar sair do barco e apanhar um autocarro, mas engolimos o Mekong e mantivemo-nos nas traves de madeira até Can Tho.
às três da manhã do dia 24 de Dezembro em Can Tho, estávamos a entrar no autocarro mais mal cheiroso, ruidoso, seboso, daqueles que param em todos os apeadeiros, fuma-se lá dentro, a ventoinha não funciona e as janelas abrem-se pouco. No tejadilho, grandes sacos cheios de água, com peixes ainda vivos lá dentro, fazem a viagem connosco.
Três, quatro, cinco, seis, sete da manhã pelo Mekong Delta. Aqui o Vietnam é outro, feito de rios e canais, casinhas e cabanas de madeira pintadas de cores vivas, assentes sobre estacas imersas na água, também começamos a ver as primeiras palmeiras e as primeiras planícies de perder de vista.
Oito, nove, dez, onze da manhã, chegámos ao mar. Depois chegámos à Ha Tien. Todo uma travessia de tormentos e sublimações, todas as expectativas concentradas no lugar escolhido para o nosso Natal – uma cidade de praia ao lado e casas coloniais, pequenos charmes e o rio a correr-lhe ao centro. Foi tudo por água abaixo. A praia era suja, o mar era turvo, nem sinal de colonialismo, nem bom gosto aparente.
Seis da tarde em Ha Tien, faz-se noite, como habitualmente. Batemos a cidade de fio a pavio à procura do lugar certo para a nossa consoada, mas desastrosamente nenhum lugar bate certo – vazios, sem vivalma, cadeiras de plástico, de onde só pode sair um phò ou um fried rice. Mas como em todas as noites de Natal acontece um pequeno milagre, lá estava ele, de frente para o rio, ao som de “All I want for Christmas is you”, um lugar de mesas cá fora e buffet de Natal lá dentro. Trocámos o polvo por lulas grelhadas, a batata cozida pela batata doce, o bacalhau por camarão tigre e em vez de vinho, brindou-se com cerveja fresquinha. éramos três para a consoada, nós e o querido Madja. Depois da meia noite, trocámos os presentes, de perninhas à chinês e bilhetinhos à vez.
O presente da manhã de Natal foi um bilhete para o Cambodja.