A suspirar por Hoi An
Hoi An foi costurada com agulhas finas e linhas delicadas sobre tecidos graciosos. Tem uma silhueta de bailarina na leveza de um pliés. Tem a delicadeza de uma valsa de 1920 e a pose de uma blusa de botão despregado. Mas também sabe dançar um tango iluminado entre velas escarlate e candeeiros vermute, nas luzes baixas da noite.
é uma virgem da guerra, intocada pelos homens e pelas bombas, protegida pelo amor de dois inimigos rendidos aos seus encantos.
Hoi An vive entre a quietude dos canais e a fúria do mar, entre as mãos gretadas dos pescadores e os dedais engastados dos costureiros, entre o amarelo torrado do antigamente e o passeio multicolor que hoje enche a rua.
Nós deixamo-nos ficar neste entrelaçado esvoaçante de esplanadas e alpendres de charme, barcos vermelhos, verdes, azuis, pontes e canais. E suspirámos, suspirámos, suspirámos.